Foto: Alex Goure |
Carro da Rebellion evolui e agrada piloto nos ensaios coletivos
SÃO PAULO – Um pouco mais de atenção ao comportamento do Oreca R13-Gibson no tráfego, especialmente com os carros de GT bem mais lentos que os protótipos das divisões LMP1 e LMP2. É com essa meta que Bruno Senna e seus companheiros da Rebellion Racing, o alemão Andre Lotterer e o suíço Neel Jani, deverão iniciar as quatro horas de treinos livres que abrirão oficialmente na próxima quarta-feira as atividades de pista da edição 2018 das 24 Horas de Le Mans, segunda etapa da supertemporada do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC que só terminará exatamente ao final da mesma prova no ano que vem.
O trio da Rebellion Racing ficou em 4º lugar na LMP1 nos testes coletivos realizados no lendário circuito francês no último fim de semana, comandados pelos dois carros da Toyota – única equipe oficial de fábrica inscrita na categoria. E ficou satisfeito com a evolução verificada desde a abertura do calendário em maio nas 6 Horas de Spa-Francorchamps, onde Bruno e seus parceiros subiram ao pódio em terceiro, superados apenas pelas máquinas japonesas, mas acabariam sendo desqualificados na verificação técnica por causa do desgaste excessivo do assoalho do carro. “Estamos prontos. O carro ficou muito mais dócil de pilotar do que na Bélgica”, resumiu o brasileiro, campeão mundial da LMP2 em 2017 pelo mesmo time suíço-britânico.
Bruno acredita que o programa de testes planejado pela Rebellion vem dando resultados. “O trabalho de desenvolvimento do carro desde Spa, passando pelos treinos em Monza e estes últimos em Le Mans, foi muito bem feito. Ainda temos um pouquinho mais a acertar para ficar perfeito, mas melhoramos bastante na interação da aerodinâmica com a parte mecânica, que foi um dos nossos problemas em Spa. Com isso evoluímos nas entradas de curva. Também focamos bastante na maneira como o carro ataca as zebras e lida com as ondulações da pista. Além, obviamente, de procurar sempre tirar o máximo de arrasto para aumentar a velocidade de reta, que é nosso ponto fraco. Os fortes são as curvas de altas, freadas e estabilidade, que está muito boa. Os tempos de volta estão muito bons. Só precisamos melhorar um pouquinho no tráfego”, avaliou.
Sessenta carros de quatro classes – a LMP1 reúne 10 – entrarão no circuito a partir das 11 h (Brasília) da quarta-feira para a sessão única de treinos livres. Três tomadas classificatórias, a primeira delas logo no primeiro dia de ensaios e as outras na quinta-feira, definirão a ordem de largada. A corrida, que tem pontuação dobrada em relação às etapas de seis horas de duração e dará 50 pontos aos vencedores, começará às 10 horas do sábado. Fernando Alonso, liderando o Toyota TD 050-Hybrid nº 8, e Jenson Button, estreando no BR-01 AER da SMP Racing de número 11, são outras atrações do grid. André Negrão e Felipe Nasr, na LMP2, e Augusto Farfus e Daniel Serra, na GTE, serão os demais brasileiros em Le Mans.
Márcio Fonseca (MTb 14.457)
Tel. (11) 99434-2082
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