Foto: Sandra Zama |
Guilherme e Rodrigo, com um Renault Clio, e Ricardo e Natan, com um Ford Ka, vão competir pela Sérgio Ferrari Racing Team
As duplas serão formadas por primos. Guilherme Sperafico, inscrito com o Renault Clio número 21, terá Rodrigo Sperafico como parceiro para as quatro horas da corrida que vai premiar o vencedor com o troféu Cascavel de Ouro e um automóvel zero quilômetro. Natan Sperafico, primo dos dois, vai participar da prova pela segunda vez com o Ford Ka número 27. Terá como companheiro Ricardo Sperafico, seu primo e irmão gêmeo de Rodrigo.
Guilherme, que cumpriu campanhas vitoriosas na Sprint Race Brasil e fez testes em categorias internacionais de monopostos, participou da edição de 2014 formando dupla com Natan. “Foi nossa primeira participação e era para a vitória ser nossa, mas recebemos uma punição porque um dos nossos pit stops durou alguns segundos menos que o mínimo exigido”, lembra Guilherme. “Na corrida de outubro vamos buscar recuperar essa vitória”.
Agora inscritos como adversários, Guilherme, 26 anos, e Natan, 25, são mais jovens que os gêmeos de 36 anos, que já competiram no automobilismo inglês e norte-americano, na Stock Car e, na última temporada, participaram de etapas européias de categorias de gran-turismo. “Nosso currículo, do Ricardo e meu, é mais variado, por termos mais idade e mais tempo de pista, mas aqui nós vamos ter de aprender com o Guilherme e o Natan”, diz Rodrigo.
A tração dianteira e os pneus radiais dos carros da categoria Marcas & Pilotos 1.6 que compõem o grid da Cascavel de Ouro são novidade absoluta para os gêmeos. “A gente vai precisar assimilar a pilotagem, que é diferente. É coisa que 100 voltas de treino para cada um de nós já podem resolver”, arrisca Ricardo, que já foi piloto de testes na Fórmula 1. Ele é filho de Dilso Sperafico, que venceu a Cascavel de Ouro de 1986 com um Hot-Fusca.
Milton Sperafico, pai de Guilherme e campeão sul-americano de Fórmula 3 em 1993 pela classe B, chegou a ser cogitado como parceiro do filho para a corrida. “Fiz alguns treinos depois de mais de 20 anos sem pilotar, participar da Cascavel de Ouro com o Guilherme seria algo interessantíssimo para nós, mas tenho viagem marcada para a data da corrida. Fica para o próximo ano, sei que vou continuar treinando para voltar ao ritmo”, declarou.
Milton disputou a Cascavel de Ouro três vezes. Foi terceiro colocado em 1983, com um VW Fusca, e ficou em segundo em 1984, com um VW Voyage – as vitórias foram de Edgar Favarin e Cláudio Elbano. “Foram corridas com duas horas de duração, corri sozinho. O segundo lugar foi com chuva”, ele recorda. Em 1992 a etapa final do Sul-Americano de F-3 valeu a Cascavel de Ouro e foi vencida por Constantino Júnior. “Fiquei em terceiro na classe B”, conta.
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